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Se nada mais der certo pra mim, pego esse computador bato na cabeça do meu patrão até ele desmaiar, depois roubo um caminhão e dirijo a noite toda como um prisioneiro fugitivo, aí vou para a amazonia onde começarei vida nova com uma criação de peixes voadores...
"Quando a humanidade erra, os Deuses tratam de puni-la com morte, praga, fome e guerras; mas e quando os Deuses erram? Quem os pune? E que tipo de punição eles terão?"

-Bem-vindos a Saga dos Assassinos de Deuses

Capitulo 3: Insanidade

Ao passar de cinco anos, após a condecoração dos cavaleiros de ouro de Câncer e Sagitário, ambos já escolheram seus sucessores e começam a treina-los. Nas áreas mais internas do Santuário, Clair está treinando duas crianças de oito anos, dois aspirantes a cavaleiros, Elrophin, uma mulher-cavaleiro e Dincht, seu companheiro de lutas, qual leva uma surra de Elrophin. Não era a primeira vez que aquela cena se repetia, durante seus dois anos de treinamento, Dincht nunca conseguira vencer Elrophin em combate.

-Eu não acredito que após dois anos de treino você nem ao menos consegue me dar um soco. Você quer ainda ser um cavaleiro de Athena? - diz Elrophin com desprezo para com Dincht

-Você sabe que eu não desejo ser um cavaleiro de Athena, tudo que eu quero é ficar próximo da mestra Clair, ela me salvou de um destino trágico, tudo que eu quero é ficar perto dela. Nem que pra isso eu tenha que ser um cavaleiro. - diz Dincht com a tristeza no olhar quando lembra de seu passado.

-Com esse nível de cosmo? Você não chega nem a soldado, e o pior além de se ferrar, você também me ferra, pois a Clair disse que só vai me treinar decentemente quando você estiver do mesmo nível que eu, quer dizer nunca... - diz Elrophin bufando com a incompetência de Dincht, afinal se ele não quer ser cavaleiro que fosse escravo da Clair... - Vamos molenga, levante!

-Vê se maneira com o Dincht, afinal ele não quer ser cavaleiro mesmo porque se preocupar. - diz um jovem de dez anos loiros de olhos castanhos.

-Aurus, você não deveria estar no treinamento com o seu pai. - diz Dincht vendo um bom amigo e provavelmente o futuro cavaleiro de Sagitário.

-Ou morto... -diz Elrophin em alto e bom som, pois todos no Santuário sabem que Hector de Sagitário odeia o filho, e tenta mata-lo durante o treinamento.

-Bem, provavelmente os dois mas ao que parece meu pai esta falando com a mestra de vocês, o que eu acho bem estranho. -diz Aurus coçando a cabeça num sinal que ficou sem jeito com a resposta de Elrophin. -Mas já que ele te atrasa por que não treina sozinha Elrophin?

-Até que eu queria, mas sem a mestra Clair eu não iria evoluir lá grande coisa. E ela disse que só esse paspalho chegando ao meu nível que eu e ele teríamos O Treinamento. -nesse momento Elrophin olha com arrogância Dincht que se assusta com o olhar dela. -Mas pelo jeito, nem vou ser amazona de cobre reciclado...

-Eita... façamos o seguinte, eu vou treinar o Dincht e deixar ele mais forte que você! -diz Aurus para Elrophin com um sorriso largo no rosto, e deixando Dincht com uma cara de desconfiado. - Eu só quero cinco horas!

-Pensa que é quem pra fazer milagres? Athena? Se você conseguir isso, eu juro que não serei a sucessora de Clair para a armadura de Câncer. -diz Elrophin totalmente descrente em Aurus.

-Então se contente com o que lhe vier Elrophin pois na próxima luta ele vai te vencer! Vamos Dincht! -diz Aurus

Dincht parece estar perdido nas informações que lhe eram passadas, inclusive sem o seu consentimento. Mas já que era para passar um tempo longe da Elrophin, aquilo deveria ser um presente de Athena.

Não tão longe dali estava Clair, com sua armadura completa transformando em entulhos imensas rochas com apenas um movimento de braço. Apesar do espetáculo de destruição, Clair parece frustrada.

-Esse movimento de braço é o prenuncio da excalibur, apenas os cavaleiros de capricórnio são os destinado para usar tal técnica Clair, porque tenta ainda? - diz Hector, sem armadura, em uma túnica azul clara, a qual os gregos usavam na antiguidade.

-Não me lembro de nenhum livro ou regra de Athena que proíba os cavaleiros usarem outras técnicas que não pertença ao seu signo. - diz Clair sem se virar para Hector.

-E não há, mas é óbvio isso. Seria como pedir a um peixe viver no deserto, ou até mesmo uma águia abdicar de suas asas por um mero capricho de conhecer o fundo do mar. - diz Hector olhando para Clair com seus grandes olhos castanhos com a borda da íris esverdeada.

-Mas se minhas suspeitas estiverem certas poderei fazer até a sua tão querida "Destruição Infinita", pois minha mestra, a antiga amazona de Câncer antes de mim, Celine. Conseguiu reproduzir a extinção estrelar do cavaleiro de Aríes num momento de desespero, e há outro relato que o antigo cavaleiro de escorpião Evan, conseguira fazer as ondas do inferno com um treinamento árduo. -diz Clair se virando agora para Hector.

-Então você pensa que todos os cavaleiros que possuem o signo de regência de água podem adaptar grosseiramente a técnica de outros cavaleiros, aproveitando a adaptabilidade do elemento do seu signo? - Hector, olha para o lado onde não havia nada além de pedras e retorna o olhar para Clair. - Boa tese mas você ficaria como um pato.

-Pato? Explique-se... - diz Clair sem entender a comparação.

-Simples, seu raciocínio esta certo, não encontrei falhas nele. Apenas o elemento água é dotado de adaptabilidade; os de elemento ar são inconstantes; os do elemento de terra tem como principal característica a força de se manterem; nós do elemento fogo temos o maior poder destrutivo, mas o que você quer ser é um pato. Cavalos correm bem, peixes nadam bem, águias voam bem, patos fazem os três mas nenhum deles bem. - diz Hector, como se tivesse toda a razão do mundo. - O que você quer é trocar o poder puro de seu signo pela adaptabilidade. E convenhamos, mesmo que você conseguisse reproduzir a minha Destruição Infinita, ela não teria a mesma potência que a minha.

O raciocínio de Hector era perfeito. Clair começa a pensar que ela estava sedenta de poder, suas habilidades de combate são únicas, por que ela ansiava por mais?

Próximo dali, após meia hora de caminhada Aurus para e Dincht para bruscamente com medo do treinado. Afinal, ao que parece dos "futuros cavaleiros de ouro" ele tem o treinamento mais pesado, pois contasse que a cada treino, o pai de Aurus mata-lo.

-Chegamos! - Aurus diz se jogando na grama do local. -Senta ai Dincht.

-Tá bem. -Dincht teme Aurus, pois cairá num truque parecido com a Elrophin que se fingiu machucada para ataca-lo. Um golpe que o deixou desacordado por três dias.

-Cara, porque você não espanca da cretina da Elrophin? Afinal de contas ela só te sacaneia! - diz Aurus olhando para o céu.

-Não fala assim da Elrophin, ela é como uma irmã pra mim. Ela só quer o meu melhor. -diz Dincht como uma criança triste. - E eu não quero ser cavaleiro, só quero ficar perto da Clair. É tudo que eu quero, nada mais...

-Perai! -diz Aurus se sentando rapidamente. -Você está passando um inferno que é o treinamento pra se tornar cavaleiro de Athena só pra ficar do lado da mestra Clair?

-É... -diz Dincht com o olhar vazio olhando para o chão.

-Uau... -diz Aurus tentando assimilar a informação. - Sinto inveja de você.

-De mim? -Dincht se espanta com as palavras de Aurus. -Por que? Você tem família, pai e mãe. Sua mãe é considerada uma santa e seu pai é o cavaleiro de ouro de Sagitário. E eu sou meramente eu seguidor e aspirante à cavaleiro fracassado.

-Pelo menos você foi salvo pela pessoa que você mais ama. -diz Aurus agora mostrando uma face de choro. -A pessoa que praticamente me deu a vida quer tira-la de mim, o Hector me trata como se eu tivesse matado Athena...

-Então qual é seu motivo para se tornar um cavaleiro de Athena? Não é para ficar perto de seu pai? -pergunta Dincht sem ao menos olhar para Aurus.

-Não, desde criança eu sei que eu seria o próximo cavaleiro de Sagitário. Ouço ela me chamando, eu quero ser o cavaleiro de Sagitário por mim mesmo. Quero queimar todo o mal com o meu poder. -diz Aurus com um brilho no olhar que Dincht não tinha, talvez realmente aquilo os diferenciassem a determinação no olhar. -Mas o assunto não sou eu, e sim você. Dincht o que você faria se a Clair morresse?

O mundo de Dincht para, o vento agora estava parado e abafado provocando falta de ar. Tudo ficou em silêncio. Dincht nunca pensou nessa possibilidade Clair é a pessoa mais poderosa que ele conhece, mas cavaleiros de Athena não são conhecidos por morrerem velhos em uma cadeira de balanço. Só em ver um mero arranhão em Clair, Dincht já fica preocupado; Dincht nem se imagina sem Clair

-Nunca pensou nisso né? -diz Aurus.

-Não...

-Pois bem, torne-se mais forte que ela, não, mais forte que todos. Assim você pode defender a Clair e todos que precisarem. Afinal os cavaleiros de Athena só existem para defender vidas. -diz Aurus com os olhos brilhantes. -Agora você tem um motivo para lutar.

-Sim, obrigado Aurus.

-Esquece, quero ter alguém nas doze casas que seja normal e não uma Elrophin da vida... Sujeitinha estranha. Duvido e espero que não tenha filhos, imagina aquilo com herdeiros...

-O Daisuke gosta dela.

-O filho do Senji de Escorpião? O que é treinado por um cavaleiro de prata? -Dincht balança a cabeça afirmativamente. -Corrigindo minha fala, ele é um sujeito MAIS estranho que a Elrophin; que gosto pra mulher hein...

Um estrondo muito forte vem em direção de uma cadeia colinas ali próxima. O choque é maior que o treinamento normal dos cavaleiros que acontecem, Dincht e Aurus reconhece os donos dos dois cosmos que estão em expansão e se enfrentando. Era o de Clair de Câncer e Hector de Sagitário. Os dois aspirantes a cavaleiro vão em direção ao combate que se desenrola não muito longe dali.

Ao chegar viram uma cena que muitos dariam a própria vida para ver, mas não eles dois. Clair vestida com a armadura de Câncer e Hector com a armadura de Sagitário. Em seguidas explosões graças aos seus ataques. Hector disparando vários meteoros que ele chamava de "Trovão Atômico", e Clair usava seu fogo-fatuo não como ataque mais sim como escudo para os golpes potentes de Hector; mas que não eram eficazes pois meteoros atravessavam sua barreira de fogo-fatuo a atingindo. Senão fosse a armadura de Câncer, Clair estaria em sérios problemas.

O show de destruição era assustador, chegando uma das rajadas do encontro do trovão atômico de Hector e do Fogo-Fatuo de Clair irem em direção de Dincht e Aurus. Os reflexos de Aurus são bons o suficiente para tirar Dincht e ele próprio da rota de colisão da energia emanada. Dincht se assusta pois ele vira o golpe a velocidade da luz mas estava com os reflexos lento pois temia que Clair morresse. Ao contrario de Aurus que torcia para que Clair matasse seu pai, para ele herdar a armadura de Sagitário.

A intenção de ambos era a morte de outro, isso era um fato, era possível ver nos olhos de ambos desejo de morte do oponente. O que era triste para qualquer um que conhece eles antes de se tornar cavaleiros, em algum momento da batalha ambos percebem que essa guerra seria interrompida, já que o nível deles era semelhante, e decidiram acabar tudo em um único golpe. Clair concentrara seu Relâmpago Astral e Hector concentrara sua Destruição Infinita.

As nuvens do céu começaram a se afastar graças a pressão que o choque dos cosmos dos dois cavaleiros de ouro. As pedras vão como folhas ao vento, Dincht e Aurus se mantêm com grande dificuldade no lugar onde estão, eles reconhecem o golpe máximo de seus respectivos mestres. Dincht pede para que Clair sobreviva, enquanto Aurus pedia a Athena que lhe desse a chance de se tornar o novo cavaleiro de Sagitário com a morte de seu pai.

Clair e Hector liberam seus golpes ao mesmo tempo, a única coisa que eles realmente não entendem é o porque dessa briga de vida ou morte, ou o porque o sentimento de ódio mutuo, mas mesmo que quisessem parar não conseguiriam, e mesmo assim eles não querem.

Os quatro por uma fração de segundo fecham os olhos. O feixe de luz que o choque de poderes liberara era possível ser visto na vila de Rondiro, a vila mais próxima do Santuário, a qual estava muito longe do local. Os cavaleiros de ouro presente no Santuário naquele momento: Sandoram de Capricórnio, Alexander de Leão e Tiberius de Touro que estavam em suas casas zodiacais se abalam com tanto poder liberado, Sidarta que estava mais isolados com seus alunos sentira o vento que a batalha formou, Tao de Libra esta aparente alheio a situação derrama uma singela lagrima que ultrapassa a bandagens de seus olhos...

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