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Se nada mais der certo pra mim, pego esse computador bato na cabeça do meu patrão até ele desmaiar, depois roubo um caminhão e dirijo a noite toda como um prisioneiro fugitivo, aí vou para a amazonia onde começarei vida nova com uma criação de peixes voadores...
"Quando a humanidade erra, os Deuses tratam de puni-la com morte, praga, fome e guerras; mas e quando os Deuses erram? Quem os pune? E que tipo de punição eles terão?"

-Bem-vindos a Saga dos Assassinos de Deuses

Capitulo 4: A Vida que comanda a Morte.


Bem longe da Grécia, mais precisamente na Alemanha, um castelo feito do mais obscuro dos Ônix, Uma pessoa observa numa das sacadas, uma que está na mesma direção do santuário grego de Athena. Era um jovem, não mais que seus 25 anos de idade, de cosmo tão intenso que poderia ser capaz de superar os próprios cavaleiros de ouro, mas com uma diferença notável, seu cosmo era tão negro quanto a cor de sua armadura. Ele era Adammyr de Wyvern, o espectro da estrela celeste Valente; mas ele não era um mero espectro, ele é um dos juízes do inferno, general das tropas de Hades. Ele seria o equivalente ao grande mestre do santuário.

Adammyr não estava acostumado com o corpo que recebera, talvez se não fosse sua suplicie ele não poderia lutar contra os cavaleiros de ouro, feliz era Garuda com seu novo corpo assim ele pensara. Mas subitamente seus pensamentos foram interrompidos por um cosmo como seu mas de menor intensidade. Era Aistar de Harpia, um dos servos de Griffon colocou ali, sua missão é de reportar o que acontece no Santuário aos três Juízes, mas Adammyr achava que Griffon havia colocado Aistar ali como espião.

- Mestre Adammyr de Wyvern, não trago boas notícias. - diz Aistar ao acabar de se ajoelhar. - A maioria dos cavaleiros de Athena que venderam sua alma para Hades foram já derrotados.

- Então os cavaleiros de ouro são tão poderosos assim? Não esperava menos deles. - Diz Adammyr a Aistar .

- Não mestre. Os cavaleiros de ouro estão reunidos nas 12 casas, há apenas cavaleiros de hierarquia menor lutando, somente as castas de prata e de bronze. - diz Aistar de Harpia.

- Não acredito. - diz Adammyr realmente surpreso mas sem alterar um decibel de sua voz. - Então há cavaleiros que prestam no Santuário de Athena? Impressionante, mesmo sem a falsa deusa deles eles são capazes disso? O Grande Imperador Hades fez muito bem de se livrar de seu selo, antes que Athena reencarnasse.

- Mas não é só isso. - interrompe Aistar – Cerberus foi derrotado também.

- Como assim, Cerberus foi derrotado? - pergunta Adammyr ainda sem alterar sua voz.

- Pelas informações que recebi, Cerberus fora derrotado por cinco cavaleiros de bronze. - Aistar continua a falar sem olhar para Adammyr. - Disseram que nem o corpo de Cerberus sobrara graças ao ataque desses cavaleiros de bronze.

- Sei. - diz Adammyr, Aistar temia de morrer pelas mãos de um dos Juízes por trazer estas informações. - Que bom, se os de bronze tem poder de matar seres mitológicos, o que dira então os cavaleiros de ouro. Estou ansioso.

- Mas Mestre Adammyr não acha que isso pode ser perigoso? Afinal, eles podem vencer? - Diz Aistar alterado pois teme que a cena das outras guerras se repita e eles sejam novamente lacrados por mais 100 anos.

- Não se preocupe, das outras vezes Athena e Nike estavam do lado deles, e agora? Nenhum humano pode ir contra a vontade maior de Mestre Hades. - retruca Adammyr.
- Não deveria subestimar tanto assim os humanos estrela Valente - diz uma jovem aparentemente mais jovem que Adammyr.

O contraste que ela traz àquele castelo é quase impossível não se notar. Seu rosto era delicado e de pele macia, mais parecia uma boneca de porcelana, seus cabelos de um suave violeta e de comprimento que chegava ao chão, sua indumentária era um vestido de cores suaves porém vibrantes, como um quadro recém pintado. Ela parecia a única presença viva naquele lugar de trevas e morte. A cada passo que dava, flores de beleza singular nasciam mas infelizmente morriam logo em seguida, até as flores morriam naquele lugar, o que trazia dor e tristeza ao mais duro e frio dos corações.

Adammyr se vira e ao perceber quem era ajoelhara assim como Aistar , mas mesmo ajoelhado não parecia perder sua aparência tirânica e ar de superior que naturalmente ele possuía.

- Retire-se estrela da Lamentação. - diz a dama, que apesar de ser uma ordem soava aos ouvidos de Aistar como um doce pedido.

- Sim, Imperatriz Perséfone. - diz Aistar , antes de se levantar e fechar a porta dupla do aposento em que se encontravam.

Aquela doce jovem não era ninguém menos que a própria reencarnação de Perséfone, a deusa das flores que Hades sequestrara e tomava como sua esposa desde a época mitológica. Mas era a primeira vez na história em que Perséfone participa da guerra santa de Hades contra Athena.
Adammyr ainda não entendia os motivos de Perséfone estar ali, ela deveria estar ao lado do Imperador Hades, concluindo o ritual que uniria definitivamente sua alma ao seu corpo real.

- Vejo que em sua mente pairam muitas duvidas, estrela Valente. O que tanto aflige seu coração? - diz Perséfone ajoelhando-se a frente de Adammyr, e retirando seu elmo. O olhar dela parecia interpretar cada célula do corpo de Adammyr.

- Nada me aflige, Imperatriz. - diz Adammyr.

- Não se esconda estrela Valente. - diz Perséfone deixando o elmo de Wyvern no chão e colocando as mãos sobre o rosto de Adammyr. - Esquecera que sou a Deusa das Flores? Percebo sentimentos por sutilezas que ficam no ar, e pelo pouco que sei não se deve ir para batalha com um coração tomado por duvidas e incertezas.

- Imperatriz, por que esta aqui? Por que a senhora esta aqui? - Pergunta Adammyr. - Em séculos de batalhas, a senhora nunca tomou parte, e por que agora? Por que logo essa?

Perséfone se levanta, pega o elmo de Wyvern e senta na maior poltrona localizada no aposento, por um breve momento que ali parecia horas. Aquele silêncio constrangedor paira ali. Perséfone passa o dedo indicador direito sobre o elmo, e Adammyr ainda ajoelhado se perguntava agora se deveria ter perguntado isso a ela.

- Esta é a última... - sussurra Perséfone. - Esta é a última batalha, eu sinto isso no fundo do meu coração. E como a flores que coroam os vencedores e consolam as perdas, esta é minha missão. Mas ainda não sei o resultado dessa batalha, mas sei que tudo mudará com o resultado.

- Então venceremos. - diz Adammyr. - Suas previsões são favoráveis aos nosso ideais Imperatriz.

- Já que tirei a duvida de seu coração, verei agora as estrelas nobre e heróica. Até a vitória estrela Valente. - diz Perséfone colocando o elmo de Wyvern na mesa mais próxima.

- Até lá Imperatriz – diz Adammyr ao se levantar para abrir a porta para Perséfone.
Perséfone sai da sala onde estava com Adammyr, olhando profundamente nos olhos dele. Seus olhares se cruzam por um instante, e Perséfone continua seu caminho e Adammyr fecha a porta para não ser incomodado. Perséfone caminha alguns passos a frente, mas para e se volta para a porta que acabara de sair e sente que aquela não era duvida que Adammyr tinha em seu coração, mas continua seu rumo.

Adammyr espera os passos de Perséfone desaparecerem para continuar seu pensamentos, pois não sabia em quem confiar além do Imperador Hades. Como suspeitava Perséfone, essa não era a real preocupação de Adammyr, na verdade só havia uma coisa em sua mente e que ele escondera de tudo e todos. Como a alma de Hades que estava selada nos Campos Elissius fora libertada se todos os espectros foram mortos e os outros deuses aliados como Hypnos e Tanatos foram lacrados? Apenas um deus do calibre de Athena ou o próprio Hades poderia ter libertado-o. Não poderia ter sido apenas Perséfone, mas quem foi que libertou Hades?

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