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Se nada mais der certo pra mim, pego esse computador bato na cabeça do meu patrão até ele desmaiar, depois roubo um caminhão e dirijo a noite toda como um prisioneiro fugitivo, aí vou para a amazonia onde começarei vida nova com uma criação de peixes voadores...
"Quando a humanidade erra, os Deuses tratam de puni-la com morte, praga, fome e guerras; mas e quando os Deuses erram? Quem os pune? E que tipo de punição eles terão?"

-Bem-vindos a Saga dos Assassinos de Deuses

Capitulo 5: Ironia

Ironia.

A única palavra que vinha na cabeça de Clair, que estava acorrentada com correntes do mesmo grau das que prendiam Prometheus, o titã que fora condenado a ter seu figado comido por um abutre pela eternidade por levar o fogo a humanidade. Ela presa na Prisão de Carbides, por tentar matar seu antigo melhor amigo e por quase matar seu mestre e pai. Era uma piada de mal-gosto dos deuses.

E o pior, ser protegida por Dincht. Aquela criança que daria pena até em um leproso. Realmente o mundo dava muitas voltas, até demais para ela. Hector essa hora deveria estar no Cabo Sunion, acorrentado vendo a maré subido. Enquanto ela esperava o vento gélido da madrugada, já que aquele era um dos maiores pontos de todo o Santuário.

-Pelo menos tenho uma boa vista do Santuário. -Pensava Clair.

O que era verdade, já que Clair podia ver as doze casas zodiacais, o relógio das doze casas, que em vez de horas tinham o símbolo dos signos de ouro, e Star Hill, o lugar onde o grande mestre vai meditar. Se não fosse uma prisão que passava a mais forte corrente de ar, sendo fria e cortante ao mesmo tempo, seria um bom lugar para se ficar.

Clair ouvia alguém tentando subir, mas tinha um baixo cosmo para ser um cavaleiro de ouro, deveria ser um dos cavaleiros de prata falando que o Grande Mestre quer a cabeça dela servida em uma bandeja.

Mas esse cosmo era-lhe familiar, mas familiar que o normal. Duas pequena mãos apareceram no penhasco, era Dincht. Como ele conseguirá subir até aqui? E o pior que deveria ter no mínimo de dezenas de guardas que a consideravam ameaça máxima.

E Dincht apareceria com uma enorme mochila, mas que não o fazia desequilibrar. Ele aparecia com aquele seu sorriso sempre a deixava irritada, mas que hoje talvez fosse a coisa que ela mais gostaria de ver, alguém sorrindo para ela.

-O que você esta fazendo aqui? -indaga Clair

-Vim salvar a senhora ué! E trouxe comida! -dizia Dincht com um rosto todo sujo e tirando tudo que podia da bolsa e organizando. Nada do que Dincht trazia poderia romper aquelas correntes e as barras que mantiam-na prisioneira, mas Clair lacrimeja com a idéia de Dincht de salva-la.

-Saia daqui! Se te pegarem você terá o mesmo destino que eu! -dizia Clair balançando o rosto tentando se livrar das lágrimas. E Dincht tentava abrir as grades com um pé-de-cabra enferrujado que arranjará.

-Tanto melhor! Assim ficarei com a senhora até o último momento da minha vida. -Dincht nesse momento quebra o pé-de-cabra, fazendo-o cair no chão. Olhando a ferramenta e vendo o que usaria logo em seguida com uma cara de satisfação, pois estava salvando a pessoa mais importante da sua vida.

Clair por um lado se odiava por rejeitar e por um lado agradecia por encontrar Dincht em sua vida. Como uma criança podia ser tão carinhosa assim. Ele lembrara até Celine, sua mestra, pessoa doce e única, seriam a humanidade em seus corações que transformava os cavaleiros de câncer em poderosos?

-Pode me dar um pedaço desse pão Dincht? -dizia Clair. -Já tem um bom tempo que eu não como!

-Claro mestra!!! -os olhos de Dincht brilhavam ainda mais. -Coloquei quase tudo que tinha na geladeira ai dentro!!!

Dincht segurava o pão com os pequenos braços pra dentro das grades, e Clair mordia e sentia que era a melhor coisa que ela havia comido. Obviamente ela já comerá pratos exóticos mas que nunca foram preparados especialmente para ela. Clair sabia agora o porque dos Deuses gostarem de oferendas!

Após comer todo pão, era possivel sentir um enorme cosmo explodindo em raiva e insanidade, da direção do litoral do Santuário, mas precisamente onde se localizava o Cabo Sunion. O feixe de luz podia ser visto por todo o Santuário.

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Cabo Sunion, a água fria estava no joelho de Aurus que apenas se mantia parado o pensando o porque de tanto ódio pelo filho dele, e porque tanto ódio da Clair? Não havia motivo, não havia nada, antes dele ganhar a armadura não tinha nada. Serpá que esse seria o fardo de ser um cavaleiro de ouro ou seria o fardo de ser o cavaleiro de Sagitário?

Quebrando seu martírio e seus pensamentos, aparecia sua mulher Dainah.

-Saia daqui Dainah!!! Não quero vê-la!!! -gritava Aurus virando o rosto para o lado, não querendo ver sua amada.

-Meu querido... Não vou contra você! Você esta certo, Aurus é a reencarnação do mal. Vi em algumas profecias que Aurus é a reencarnação de Antheros, o deus do ódio. Você deve acabar com esse servo de Ares; por mais que nos doa nós prometemos proteger Athena. -Dizia sua Dainah ao seu amado cavaleiro, que num toque vez seu cosmo explodir; chegando a arrebentar as correntes que lhe faziam prisioneiro.

Hector sabia agora que por mais que parecesse errado que ele fazia, era pelo bem de Athena, e com a aprovação de Dainah; a própria mãe de Aurus Era missão dele matar Antheros, mesmo que ele fosse seu filho; Athena manda sua provação para ele.

No momento que as barras e as correntes do cabo sunion se partem, dois cavaleiros de prata designados para vigiar Hector de Sagitário: Zacks de Cão Maior e Ware de Hercules. Que se assustam com a quantidade de cosmo, e com a armadura de Sagitário no corpo de Hector.

-Saiam daqui cavaleiros de prata, tenho uma missão a ser comprida, devo matar meu filho. - dizia Hector envolto de seu cosmo, com um olhar cheio de ódio. -Caso ao contrário considerarei-os traidores de Athena.

-Mestre Hector, o traidor aqui é o senhor, você atacou a Mestra Clair e quase matou mestre Rhodes. -Ao Ware dizer isso Hector tem uma dor de cabeça muito forte, chegando a cair de joelhos e urrando de dor; mas com um olhar para Dainah, a dor se ameniza e o cavaleiro dourado retomar seu olhar para os cavaleiros de prata. -Mestre Hector, pare por favor!

-Esqueça Ware, não esta vendo que Sagitário esta louco, pareceu que ele olhou para alguém, mas não há ninguém aqui além de nós. Temos que deter-lo. -dizia Zacks já se preparando para atacar junto com Ware.

-Por Athena! -gritando os dois cavaleiros de prata.

-Calem a boca traidores! TROVÃO ATÔMICO!!!

Os dois cavaleiros foram atacados por milhares meteoros que chegavam a velocidade da luz facilmente, com praticamente suas armaduras mortas além deles mesmos, inertes no chão. E Hector rumava para o Santuário, onde Aurus estava.

Dainah como uma miragem começa a se desfazer e um vulto de olhos de um amarelo que era mais reluzente que as armaduras de ouro dava adeus ao cavaleiro de Sagitário.

-Senão fosse a devoção à Athena ele talvez tivesse percebido que Dainah tivesse morrido a anos, durante o nascimento de seu filho amado. E pensar que só foi obscurecer um pouco a sua visão, mas graças a isso quase todas as peças ficaram no lugar. -O vulto colocava o corpo inerte de Dainah juntos com os cavaleiros de prata, com os mesmos danos. -Não se preocupe Hector, seu filho salvará esse mundo!

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-Eu tenho que detê-lo, é meu dever. -Clair se levantava vendo o clarão do golpe do Trovão Atômico e com dois cosmos de cavaleiros de prata desaparecerem. -Não posso deixar mais a loucura de Hector afetar ninguém, por culpa dele quase matei Rhodes.

-Não! A senhora vai morrer!!! E não vou deixar!!! -dizia Dincht com os os olhos transbordando de lágrimas. -Eu não vou deixar... não vou!!! Do que adianta eu salvar a senhora, se a senhora vai morrer!

-Esta bem. Deixe pelo menos eu sair dessas correntes, para fugir com você! Se afaste! -dizia Clair com uma voz tremula.

Dincht sai para o lado das grades da cela, e se abaixa com as mãos sobre a cabeça. Clair eleva seu cosmo ao máximo, e numa única explosão destroi as correntes e as grades, violando a ordem do Santuário de prisão. Logo os cavaleiros de prata iriam estar ali, Dincht correrá puxando a mão de sua mestra, mas não consegue.

-Espere, tem algo que eu gostaria de te mostrar algo. -Clair aproximasse do rosto de Dincht, e tira a sua mascara.

O rosto tão sonhado por Dincht, sempre imaginado, mas era mais belo do que ele imaginava. De uma feições bem maduras e femininas no seu apice de olhos tão verdes quando a plantação mais bela de qualquer época, contidos em olhos amendoados.

-A senhora é um anjo?

-Ando mais pra demônio atualmente!

-Mestra, você vai me matar? -Dincht lembrava da lei das amazonas que Elrophin sempre dizia ele, "se você ver o rosto de uma amazona, você terá que ser morto pela amazona que você viu o rosto"

Clair ri.

-Acho que Elrophin esqueceu de te dizer que há duas opções para uma amazona fazer: matar o individuo ou se apaixonar por ele. E como não se apaixonar pela pessoa que te salva não é?

-Mas eu não fiz nada, tudo que eu tentei foi em vão. Tentei lutar contra os dois cavaleiros de ouro e não fui forte bastante para vence-los; e nem fui capaz de arrebentar as grades e correntes que lhe prendiam. Já a senhora me deu um futuro, uma vida que eu podia defender outras vidas.

-Mas você salvou minha alma de um tormento eterno, de morrer e nunca perceber o quanto você é especial, meu filho. O que era mais importante você salvou! E devo tudo a você. Minha criança apaixonada. -Clair lembra que alguém alguém falou que Dincht era uma criança apaixonada, mas sinceramente não lembra aonde e nem quando.

-Filho! -Dincht chorava, ele que nunca ganhava uma palavra de agradecimento de Clair, e agora era filho considerado filho pela própria Clair, Dincht soluçava de alegria. -Agora tenho que ir ao encontro de Hector, meu filho. -Clair aplica um soco no estomago de Dincht apenas para ele perder a consciência. -Eu sempre estarei com você.

-Não... vá... -Dincht via apenas a escuridão tomar conta de sua consciência.

Mais dois cavaleiros de prata designados para tomar conta da prisão do cavaleiro de ouro chegam, Dion de Baleia e Ior de Cães de Caça; ao ver a amazona criminosa abraçada com o aprendiz ficam abismados, mas se mantêm em posição de luta.

A amazona recoloca a mascara, e deita Dincht dentro da prisão onde estava e coloca a mochila que ele trazia como travesseiro. Só para depois se voltar para os dois cavaleiros de prata que estavam ali para detê-la. Ambos sabiam que não tinham chance contra a amazona de ouro, mas essa era sua missão.

-Se vocês ouviram a explosão no Cabo Sunion, vão me deixar ir para deter Hector; não sei porque mas sinto que sou a única que pode para-lo.. -dizia Clair com a autoridade que sempre teve, porém agora havia mais doçura em suas palavras.

Os dois cavaleiros de prata se desfazem da pose de ataque e abriam caminho para Clair, ambos sabiam que ela era a pessoa que teria que confrontar o cavaleiro de Sagitário.

-Peço que cuidem do meu filho enquanto eu estiver fora, e só o levem para casa quando a luta acabar certo?! -Ambos os cavaleiros acenam positivamente.

Clair desaparece e um brilho dourado vindo da casa de câncer vai em direção dela.

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