Alma Nova Está de casa nova http://cdz-almanova.blogspot.com/

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Se nada mais der certo pra mim, pego esse computador bato na cabeça do meu patrão até ele desmaiar, depois roubo um caminhão e dirijo a noite toda como um prisioneiro fugitivo, aí vou para a amazonia onde começarei vida nova com uma criação de peixes voadores...
"Quando a humanidade erra, os Deuses tratam de puni-la com morte, praga, fome e guerras; mas e quando os Deuses erram? Quem os pune? E que tipo de punição eles terão?"

-Bem-vindos a Saga dos Assassinos de Deuses

Presente de Amigo Oculto

Titulo: O Dia que o Herói Partiu.

Alertas: Universo Alternativo

Notas da Fanfic:

Realmente eu tenho o estigma de criar cenários alternativos, e Guardians não podia ser diferente... Eu por puro tédio comecei a escrever os Guardians do passado, mas errei muita coisa de acordo com a Lucy. Que Serge (pai de Sofie) morreu bem antes, que Sofie tem 32 anos (eu jurava que ela tinha 41, por isso eu a chamava de quarentona O.o). Pois bem, tantos foram os erros que eu acabei jogando o projeto fora; mesmo a Lucy incentivando a fazê-lo.

Quando a Josy apareceu com a idéia eu topei... até o meu PC ficar no estado que estava, desligando a cada 20 minutos, e toda vez que eu ia no doc. De texto pra salvar, o desgraçado cismava de desligar, deletando tudo que eu tinha escrito ¬¬, e a uma semana atrás ele desligou de vez.
Só sábado que ele voltou a funcionar decentemente e Domingo eu tinha já o antecipado do Anime Family, seria um prejuízo enorme então mesmo assim consegui fazer alguma coisa, mas ta bem as pressas e com erros, já que o Office é uma porcaria e não vê e só corrige o que não é pra ser corrigido. Se não fosse isso, de acordo com meu cronograma seria um dos primeiros a acabar...

Eu acelerei bem a fic, e parti logo pro final. Sei que a Lucy vai me matar... mas adoro viver perigosamente! E essa seria a versão pro começo de Guardians na tão temida “versão do publico masculino”! Espero que me matem rápido XD
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Titulo: O Dia que o Herói Partiu – Parte 1

Os ventos sopravam intensamente naquele penhasco, numa elevação muito próxima da barreira Youkai. A pressão de poderes parecia refletir sobre a natureza do local, que era ao mesmo tempo, mundano e místico. Talvez não tivesse cenário mais apropriado do que aquele para o que estava de minutos acontecer...

Duas figuras antagônicas em aparência, filosofia e poderes se encontravam ali para, quem sabe, acabar com a batalha que começaram; que não era mais apenas uma luta em defesa de suas raças, mas sim uma questão pessoal.

Kuro, o lorde-monstro do mundo youkai, quase que uma aberração para a realidade humana. Sua própria aparência parecia um ataque ao mundo dos homens, era quase um humano, mas apenas em uma vaga silhueta, com olhos arroxeados num tom maligno, que qualquer um teria sua mente destroçada por tamanha maldade. Dentes afiados como se todos fossem caninos, e os que deviam ser caninos eram grandes que saltavam a boca. Apenas uma coisa superava sua aparência em maldade, que era somente seu coração e alma enegrecidos.

Seu oponente era um guardião daquela realidade, Marco, o Guardião de Câncer. Talvez uma das principais vítimas das vilanias de Kuro, com uma filha morta e a mulher que amava esperando um filho daquele monstro. Realmente era demais para um homem só, principalmente ele que jurou protege-la de qualquer mal, e lhe acontecera tantas coisas.

Ele não aguentava mais lutar, seria melhor mesmo acabar com tudo ali, mesmo que ele morresse e matasse Kuro, os outros guardiões poderiam lacrar a barreira sem ele; mas aquele monstro tinha que padecer para que não destruísse mais vidas. Na mente do canceriano aquela não era a idéia mais certa, deveria ter chamado mais alguém, mas ele não se perdoaria perder mais uma vida... A não ser que fosse a sua.

****

Sofie acordará com pesadelos devido a tudo que passará: o cativeiro, o estupro, a gravidez, a perda de sua mãe e a perda de sua Giulia. Talvez Marco fosse o único ser que estava ali para mantê-la. Ele que a convencerá para ter aquele monstro como filha, e quem sabe cria-la. Aquela cria do mal que germinará em seu ventre, do mesmo jeito que a Giulia nascerá. Não do mesmo jeito, aquela coisa parecia querer destruir o lado humano, tanto da criança quando dela. Sofie não aguentava aquilo, era demais pra ela.

A francesa esperava que seus olhos se acostumassem com a claridade natural, eram cinco horas da tarde. Esperava ver Marco dormindo na cadeira ao lado do berço, como sempre estava durante aqueles dias, mas não o vira.

Em seu lugar via Fox descansando com Catarine, seu rifle sniper do qual nunca se separava. O que era uma cena no mínimo cômica, ele dando pequenos beijos na arma pensando que era sua amada. Olha mais ao lado, a criança estava lá dormindo como se fosse humana, Sofie queria que nenhum despertasse, ela se enrolava num roupão e ia em direção a cozinha, com um frio enorme, desde que tiverá Hikari sentia aquele frio e saia com todo silêncio. Sem ao menos desperta-los.

Era possível ouvir a voz de Shaniqua de longe, já até imaginava que ela estava cozinhando, de novo. Esperava que Andrew ou alguém estivesse com a pisciana. Afinal, ela não queria comer algo com gosto de carvão. Ao entrar na cozinha, agradecia silenciosamente suas preces.

Yin estava lá, silenciosa e sempre com um livro na mão. Não que fosse anti-social, mas fora educada daquele jeito e sempre era muito reservada, mas sempre ficava próximo ao movimento de pessoas. Ela era mais uma observadora do mundo do que uma atuante dele.

Mas antes mesmo de Yin fechar o livro ao ver a entrada de Sofie, Shaniqua larga o que estava fazendo e vai em direção da ariana para abraça-la, coisa que Sofie nunca gostou e nunca entendeu essa mania de abraçar que Shaniqua e o outro brasileiro, Mathias, tinham; porém parecia tudo que ela precisava, de um abraço.

Durante a ida de Shaniqua em direção a Sofie, a frigideira ia em direção ao teto e caia no chão sem seu conteúdo, que estava no teto. Sofie só percebeu onde estava o conteúdo pela cara de Yin, que apenas balançou os ombros e olhava o abraço da pisciana com a ariana, enquanto ignorava o que devia estar no teto, pingando no chão.

-Menina, você devia estar deitada. -Shaniqua agora apertava as bochechas de Sofie. -Se bem que você tá anêmica, você precisa é comer!!!

Ao virar Shaniqua percebe que a frigideira não se encontra mais em cima do fogão, e olha para cara de Yin de maneira acusatória, enquanto a mesma ainda lia o livro.

-Onde esta a frigideira com o omelete? Ò_ó

-Qual dos dois você que saber primeiro? -dizia Yin quase como um sussurro. -_-

-Como assim? O.õ

Yin aponta para Shaniqua e lentamente começa a elevar o braço, fazendo que ao mesmo tempo Sofie e Shaniqua seguissem seu dedo em direção ao teto. O qual pingava algo meio bege que deveria ser o que Shaniqua estava cozinhando.

-Omelete. -_-()

O dedo da chinesa não parava e começava a descer descrevendo um arco, o qual a ariana e pisciana ainda seguiam com os olhos para perto da geladeira, onde a frigideira estava jogada.

-Frigideira. -_-()

-E como isso aconteceu que eu não vi O.O

-Você não vê muita coisa... que tal você pegar uma comida francesa para nossa ariana aqui?

-Tá bom ^_^

Shaniqua sai da cozinha, deixando a bagunça toda que fizera.

-Yin, você sabe que aqui nesse bairro não tem restaurante francês, não é?!

-Eu sei, mas ela não u.u

Ambas riem da situação, Yin e Sofie eram opostas em muitas coisas mas parecia que uma entendia a outra.

-Me ajuda a limpar essa sujeira, sempre aprendi que temos que ocupar a mente com o que pudermos para afastar os maus pensamentos. -Dizia Yin enquanto ia pegar os produtos de limpeza.

-Claro, porque não?

Sofie começava a colocar as panelas sujas na pia enquanto, Yin trazia os produtos de limpeza pra tirar a “coisa” que Shaniqua deixou no teto. Ambas trabalhavam silenciosamente enquanto tentavam ocupar suas mentes. Sofie precisava disso, muitas coisas ruim aconteceram. Não havia nada de glamour em ser uma guardiã, era apenas um fardo a todos aqueles com aqueles poderes e linha co-sanguínea. E agora, sua linha sanguínea estava amaldiçoada com o sangue youkai, dos youkais que ela tanto odiava.

-Não se amaldiçoe. Isso poderia ter acontecido com qualquer uma de nós. -dizia Yin ainda tirando com uma espatula a omelete. -Agora você tem que garantir que essa criança cresça do jeito que ela proteja esse lado da barreira.

-Yin, minha vida é um inferno, todos aqueles que eu amei estão mortos, minha mãe, minha filha, e o que o destino me dá? Um filho.. -Sofie faz uma longa pausa. -Não, um monstro. Um monstro no lugar da minha filha.

Sofie apertava um dos pratos que lavava que dava a impressão de querer quebra-lo, para liberar um pouco de sua raiva e dor; mas logo ela desistia, pois sabia que seus acessos normais de raiva não lhe fariam nenhum bem.

-Mas você ainda tem o Marco, e ele é uma benção a qualquer mulher. Agradeça por você ser a escolhida.

-Realmente... -A ariana largava o prato e começava a lacrimejar. -Marco deve ser a única pessoa que me mantem viva agora, ele parece que tem força para carregar todos os fardos que puder.

-Ele é canceriano esqueceu? -dizia Yin enquanto tirava mais um pedaço da omelete. -Ele é o guardião dos Guardiões. Ele é capaz de morrer por cada um de nós, e por você ele morreria duas vezes.

****

-Coisa estranha... -Gabrielle parecia não acreditar naquilo, era estranho demais.

-O que foi? Seu computador travou de novo. -Brincava Brigite com a amiga olhando aquele computador. Uma coisa que ela não se acostumava, pois preferia falar com alguém do que ler algo e confiar em maquinas.

-Há algo instável com a barreira. -Passava um pano nos óculos como sempre fazia para ter certeza que não enxergará errado.

-Não me diga que ela vai abrir agora?

-Não chega a ser isso, mas é bem possível que aconteça, afinal tem duas energias antagônicas no local. A youkai maior mas a outra tendendo sempre a crescer, é realmente assustador.

-Energia antagônicas? A única energia antagônica ao Youki é...

-A energia de um guardião...

Brigite e Gabriele suam frio, afinal com a média das energias era preciso dos doze para lacrar a barreira.

-O que você estava procurando antes?

-Um veneno experimental feito com o sangue daquele Youkai que capturamos, que era filho de Kuro. Tinha conseguido fazer uma toxina anti-youkai que funcionasse em Kuro; mas o frasco inteiro sumiu.

-Será que a idiota da Sofie fez alguma coisa? -Gabriele saia correndo procurar, Sofie. E Brigite correndo logo atrás.

****

-Não acha burrice demais me desafiar sem os outros Guardiões por perto. -Indagava Kuro ao guardião.

-Pode até ser, mas você não apareceria com os outros por aqui. -Marco parecia estar em um estado absoluto de abandono, olhando para onde as ondas atacavam a rocha de maneira continua, aos poucos destruindo-a.

-Então o que você faz aqui? Desistiu da vida e veio padecer de forma heróica?

-Kuro... -Marco puxava a espada de suas costas, e tentava não perder toda concentração que juntará até aquele momento. -Você me transformou em alguém que não tem mais nada que perder, me fez quebrar uma promessa que defenderia a mulher que eu amava e a minha filha de todo e qualquer mal, fez ambas sofrerem e nada do que eu dissesse podia consola-las. Não vim com o intuito de sobreviver, mas sim com de acabar com aquilo que me fez sofrer e a todos que eu amava.

As palavras do italiano eram pesadas e cheias de dor, tanta dor que ele não conseguia segurar suas lágrimas. Ele raramente quando sofria conseguia segurar as lágrimas, só evitava de faze-la na frente de outros, e devia evitar na frente daquele monstro. Já que ao que parecia, o youkai se alimentava da sua dor.

E realmente, Kuro adorava aquilo. A dor e o sofrimento causadas naquele Guardião, era como uma presa abatida mas que depois de tanta fuga decidira investir contra o predador. Chegava a ser meio que anti-natural mas ele não se importava, muito pelo contrario, quase esquecerá como era caçar sua própria presa sendo um lorde-youkai.

As lágrimas de sofrimento começam a se tornar, lágrimas de indignação e com a espada em punho tornava-se cada fez mais sólida e imponente na mão do canceriano. Quase como se fosse uma extensão de sua raiva do youkai. Além da energia prata que o rodeava, ímpia e brilhante.

-Hora de morrer, Humano. -Kuro começava a alongar suas unhas para partir a vontade e o corpo do Guardião.

********

Mais longe dali, no meio da estrada com uma Mercedes, estavam Andrew, o Guardião de Virgem, olhando para o próprio relógio, vendo a perfeição que os próprios ponteiros faziam sua trajetória, sempre constante e em frente. Mantendo a concentração nisso, ele poderia ignorar mais facilmente os ataques de ansiedade e mau-humor de Miguel, o Guardião de Leão que estava lá, andando de um lado para o outro.

-Não sei quem é mais idiota, Marco por fazer essa loucura, ou nós por participar dela. -Miguel mordia a base do dedo indicador para ver se conseguia se controlar, ele odiava aquela situação, mas aquilo tinha que dar certo.

-Não adianta nos recriminarmos, tudo que temos que fazer agora é seguir o cronograma. -Andrew olhava para o relógio naquela cena repetitiva e eficiente. -Mas Miguel, porque você aceitou isso no final das contas?

-Simplesmente porque Marco decidiu assim, de acordo com a própria Gabrielle, onze de nós já seriam mais do que suficiente. -Miguel parava de falar para respirar profundamente. -E se eu perdesse minha Shermmie e minha mulher desse a luz a um monstro, eu faria a mesma coisa que Marco vai fazer. Faço apenas o que eu gostaria que fizessem por mim. E você, Andrew?

-Pensei quase a mesma coisa que você, mas Marco nunca faria isso por vingança. Ele está fazendo isso por todos nós. Todos que tem um futuro, inclusive para a filha de Sofie. -Andrew tirava os olhos do relógio e olhava em direção a praia. - Imaginar que aquele monstro ser vencido para que nossos descendentes tenham apenas que lacrar a barreira contra Youkai menores, e não sobre a mente maligna de Kuro. Marco luta por isso.

-Realmente, aquele desgraçado é o melhor de nós. -Miguel voltava a morder seu indicador para tentar se tranquilizar, enquanto Andrew olhava o relógio. O relógio de dia dos pais que ganhará de Ryan e de Eric.

Ambos temiam que os outros chegassem antes do previsto, teriam que dete-los de alguma maneira, por isso que Marco tinha contando apenas para eles, pois eles seriam os únicos a entende-lo.

*****

Marco estava sentado no sofá com o braço cobrindo os olhos, como diversas vezes fora expulso de seu quarto por Sofie. Se culpava por ter sido fraco, por deixar todo aquele mal acontecer com sua família. E o pior que ele não conseguia odiar aquela criança, por mais que fosse filha de Kuro, ainda era filha de Sofie, uma extensão dela, e o canceriano amava cada parte de Sofie.

Aquilo martelava sua cabeça por dias a finco, mas aquele dia era diferente, uma coisa que Marco talvez nunca esperasse...

-Realmente você não se perdoa. -uma voz feminina, decidida e forte. -Acha que vai conseguir amar aquela criança?

Era Gabrielle, ela não aguentava mais Marco fingir que estava tudo bem. Ele sempre tiverá aquela mania de o mundo estar desabando e ele ainda estar curtindo um ultimo por-do-sol ao invés de se proteger. Ela sabia que aquele era um golpe pesado demais para ele, a própria geminiana perguntava a si mesmo se aguentaria isso.

-Gabi, o que te deu para falar comigo agora? -dizia Marco sem tirar o braço dos olhos, estava chorando e não queria mostrar essa fraqueza. -Não deveria esta monitorando os youkais?

-Cala essa boca e pare de bancar o machão. Isso pode colar pra quem não te conhece. -A Guardiã tirava o braço da frente dos olhos do irmão, que revelava imensas olheiras e olhos demasiadamente vermelhos. -Sempre querendo proteger os outros, sempre achando que pode carregar os fardos dos outros e o seu ao mesmo tempo, sempre querendo ajudar e nunca querendo ser ajudado. Você não é o super-guardião, você apenas o Marco! Um humano quanto a qualquer outro!

-Ela está sofrendo, Gabi. -dizia Marco com mais lágrimas nos olhos. -Ela esta sofrendo, e eu não posso fazer nada para amenizar essa dor! Eu queria poder fazer a dor dela passar para mim, queria protege-la, mas eu falhei com quem não podia falhar.

Marco se sente puxando pela irmã que o abraça forte, e passa a mão em sua cabeça. Marco cede a todas aqueles sentimentos que tentava reprimir. Chorava indefinidamente no ombro de sua irmã, que raramente fizera aquilo. Ela o abraçava forte.

-Não precisa carregar todos os seus problemas sozinhos, todos os guardiões estão sentido seus problemas, o pior é você não dividi-lo conosco. Todos os guardiões são unidos por laços que desconhecemos, e mais ainda eu e a Gautier, porque te amamos. -Marco desabava um pouco no colo de sua irmã, enquanto ela mesmo cuidava dele. - Se quiser, eu cuido da menina.

Marco se levanta e olha para os olhos de sua irmã, não acreditando na proposta que ela fez. Mas no fundo ele sabia que ela tinha um grande coração por debaixo daquele radicalismo extremista e lógico dela. E ele não tinha palavras para aquele ato, apenas abraça a irmã com todo o agradecimento do mundo e era retribuído.

****

-Sua vaca! -Gabrielle esmurrava a francesa após tela pego bruscamente pelo ombro enquanto ela lavava um prato na cozinha. -O que você disse ao meu irmão?

Antes que a italiana pudesse fazer mais alguma coisa fora imobilizada rapidamente por Kazumi, mas mesmo a dor de ter o braço quase quebrado não fazia a geminiana parar de avançar. Brigite e Yin acudiam a ariana que tinha um filete de sangue escorrendo pelo canto da boca.

-Você vai matar meu irmão!!! Você matou meu irmão!!! -Gabriele gritava isso com os mesmos olhos de sofrimento de Marco, mas para ela própria era uma derrota a sua racionalidade. Todos estão chocados com os gritos da guardiã de Gêmeos. As guardiãs orientais, Kazumi e Yin apesar do choque, não cedem suas posições.

Com a gritaria, Matias, Odara, Shaniqua (que acabara de chegar com a comida) e Fox (com a filha de Sofie chorando pois fora acordada). Vendo aquela cena que ninguém compreendia, geralmente Gabriele era a mais controlada do grupo, e estava num frenesi que só era contido por Kazumi. E Sofie, que era a revoltada era a vítima. Depois de tudo aquilo, realmente o mundo estava de ponta cabeça.

-Ao que parece Marco foi encarar Kuro sozinho. -dizia Brigite olhando para Sofie.

A ariana sentiu seu mundo desabar novamente, do mesmo jeito que acontecerá com a morte de Giulia. Por que Marco faria isso, por que? E o bebê começa chorar incessantemente no colo de Fox que não sabia o que fazer, atraindo a ira de Sofie para a criança. Para Sofie, afinal, era tudo culpa dela. Daquela bastarda que nasceu do seu ventre.

-Sofie, limpe a sua mente! -Yin segurava fortemente pelos ombros da francesa. -Marco não morreu ainda, podemos ajuda-lo.

-Você também, Gabriele. -Kazumi apertava mais a chave de braço. -Todos nós, gostamos de Marco, mas com essas guerrinhas e discussões inúteis ele será apenas mais um cadáver a lamentarmos.

As palavras de Kazumi pesaram no estomago da italiana. Na verdade, pesaram no estômagos de todos. Desde que estavam juntos, presenciaram e viveram muitas coisas. Momentos felizes mas também muitas mortes, desde youkais e até de alguns humanos. Já presenciaram muitas coisas, quase todos tem pesadelos os dias onde a mente não se afasta de preocupações, principalmente a de Sofie.

-Vamos logo! -Kazumi soltava o braço de Angeli para todos irem. Fox entregava o bebe a Kazumi, e ia com os outros para os carros. Enquanto os outros iam para os carros, Yin ia carregando Sofie para fora do aposento.

Mas Kazumi ficara parada.

-O que você quer, Odara? Temos que salvar Marco! -Kazumi dizia sem se virar.

Odara andava até ficar na frente a frente com a Japonesa, tirando a franja que Kazumi adotará como visual, revelando um enorme olho roxo.

-E quem ira nos salvar? -dizia a Aquariana para ela, afinal ambos sofriam de um mesmo mal, de maneiras diferentes mas um mesmo mal.

-Essa é talvez nossa ultima batalha, tudo vai mudar depois disso Kamadeva-san. Isso não vai mais acontecer. -Kazumi respirava fundo, mas não conseguia esconder os olhos mareados, mas mantivera sua voz. -Isso vai acabar! Isso não vai mais acontecer.

Odara se arqueia em comprimento japonês, e Kazumi faz o mesmo. Puxando sua mecha que voltava a esconder o olho roxo. Quando notou a presença de seu filho, segurando sua Katana. Para lhe entregar, apesar da pouca idade ele sabia a importância da missão de sua mãe.

A guardiã de Sagitário pegava a katana e se agachava para se colocar a altura do filho; passava a mão no rosto de seu filho, vendo que ele puxara demais a ela do que o marido. O que para ela era uma benção, e torcia para que ele se tomasse como exemplo um dos guardiões e não do próprio pai.

Perdia a noção do tempo olhando para Hayato, e é pega por um abraço espontâneo de Hayato e um “eu te amo, mãe”. Aquelas palavras fizeram o mundo de Kazumi se abalar e fizera ela ter uma explosão de felicidade. Dava-lhe um beijo no rosto e pedia para que cuidasse bem de Hikari, a filha de Sofie.

Hayato, com os profundos olhos negros ia vendo também a mãe se distanciar, ainda não lhe fora contado sobre Hikari o pai de Hikari, mas ele iria cumprir os designos da mãe. E levava Hikari para o quarto dela.

*****


Marco com espada em punho reluzindo em prata, a cor de sua energia de guardião, investia contra o monstro, enquanto o mesmo disparava suas unhas para cima de seu oponente. O guardião se joga no chão com o um rolamento, que após completa-lo, lança uma de suas adagas, que acaba atravessando o ombro de Kuro, causando-lhe uma do alucinante.

O youkai não entendia porque sua barreira natural não havia funcionado contra uma simples adaga, agradecia por um de seus progenitores ter uma pele rígida na camada interior. Mas ainda era um choque para o rei dos youkais ser ferido daquele jeito. Ao voltar a mente para o combate, seu adversário estava próximo o suficiente para o combate corpo-a-corpo.

Marco tinha apenas o alvo as partes vitais de Kuro, que se restringiam ao tronco e a cabeça. O que tornava os ataques mais previsíveis para Kuro e seria fácil desviar daqueles ataques, mas os instintos de Kuro gritavam para que ele não tentasse deter o guardião, mas sim que tentasse fugir.

Desviava da primeira espadada que o canceriano aplicava, mas ele não suportava a idéia de escapar. Ele era o rei-youkai, o mais poderoso e temido de sua raça, o melhor e o pior que o mundo dos humanos poderia esperar de seu oponente. Escapar e se acovardar diante um combate só se custasse a sua sobrevivência. Será que aquele guardião teria algum truque na manga?

Graças a confusão de sua mente, Kuro não conseguia atacar. E Marco conseguirá acerta-lo, de raspão com a espada em meio ao peito, mas era a melhor coisa que qualquer guardião poderia ter feito durante essa guerra. O sangue de Kuro pingava, era roxo e ácido. A grama daquele local era queimada quimicamente, com se o sangue do monstro tentasse também destruir o mundo dos humanos.

Kuro esta desesperado, não lembra a ultima vez que vira seu próprio sangue, nem se lembra se ele sangrava. E aquele guardião o fizera sangrar, e logo o de câncer, que diziam que tinham a fama dos mais “fracos”, mas ele era diferente. Parecia que ele iria vence-lo, logo aquele guardião! Ele que derrubara todos youkais que podia até se tornar o rei dos youkais.

Marco voltava a atacar, e Kuro reage lançando suas unhas que parecem mais estacas quando são lançadas. Numa parada brusca, o guardião defende com a chapa da espada que ele carrega quase que uma de cada vez, fazendo a trajetória não atravessar seu corpo. E volta a ataca-lo com a sua adaga restante, que esta em sua mão esquerda, e a espada na direita, ambas com um brilho prateado.

E tudo que o vilão podia pensar é como ele conseguia essas façanhas...


Continua...

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